Por que edge computing é um caso de uso perfeito para microsserviços e composable applications?

Edge computing leva microsserviços e composable applications para o próximo nível. Saiba aqui por que o edge é a melhor escolha para criar aplicações modernas.

Vivian Seixas - Technical Researcher
Por que edge computing é um caso de uso perfeito para microsserviços e composable applications?

Se você trabalha com tecnologia, provavelmente já ouviu falar de microsserviços e composable applications e a importância deles para o desenvolvimento de softwares e a transformação digital no cenário hiperconectado atual.

Mais do que isso, com o crescimento do uso de arquiteturas composable e Packaged Business Capabilities (PBCs) para a construção de aplicações — com previsão de 30% dos e-commerces usarem PBCs para desenvolverem suas experiências com aplicações até 20241 — esses termos têm sido mais do que nunca utilizados.

Edge Computing: caso de uso para microsserviços e composable applications

Muitas perguntas podem surgir quando se trata da relevância de microsserviços e composable applications para aplicações de edge computing.

Como os dados são processados no edge, edge computing torna a infraestrutura mais ágil e centrada em negócios. Além disso, melhora a eficiência na distribuição de receita e recursos, simplificando e reduzindo o custo de gerenciamento da infraestrutura de TI.

Uma das maneiras de habilitar essa eficiência é por meio da arquitetura composable construída com microsserviços e composable applications. Ou seja, é possível ter um verdadeira plataforma modular plug-and-play, onde diferentes módulos podem ser reconfigurados e remontados rapidamente para criar novas aplicações em arquiteturas no edge.

Já que falamos da eficiência da arquitetura composable com microsserviços e composable applications no edge, vamos conhecer melhor essas tecnologias ​​e como se comparam à arquitetura monolítica legada.

Como microsserviços e ​​composable applications se comparam à arquitetura monolítica legada?

Tanto microsserviços quanto composable applications têm o mesmo objetivo: usar uma abordagem modular em vez da abordagem monolítica para a criação de aplicações.

Por sua vez, se pensarmos nos conceitos desses termos, podemos identificar uma distinção.

Mas antes de falarmos sobre isso e como essas tecnologias são mais modernas do que aplicações monolíticas, vamos aprofundar nossa reflexão nos pontos em que convergem.

Quais são as semelhanças entre microsserviços e composable applications?

Como dissemos, microsserviços e composable applications são ideias semelhantes com o objetivo compartilhado de desenvolver sistemas de software escaláveis ​​e modulares.

Além disso, essas duas abordagens também compartilham benefícios.

O primeiro é que tanto microsserviços quanto composable applications proporcionam maior flexibilidade.

E, na prática, o que fazem para as equipes de desenvolvimento? Microsserviços e composable applications permitem a criação de novos recursos de desenvolvimento mais rapidamente, de forma modular e reutilizável.

Outra razão é que as duas tecnologias, de fato, melhoram o “hands-on” das equipes de tecnologia e tornam o desenvolvimento de software mais ágil, adaptável e escalável — e por isso são também elementos-chave para o modelo de negócio business agility.

Além disso, permitem a criação de novas funcionalidades de maneira independente, um grande avanço para empresas digitais em relação à modernização de suas aplicações e arquiteturas monolíticas legadas.

Agora chegamos a outro ponto que pode ser alvo de dúvidas: como microsserviços e composable applications ​​diferem das aplicações monolíticas? Confira a seguir.

Qual é a diferença entre aplicações monolíticas e microsserviços?

Em contraste à arquitetura monolítica, microsserviços consistem de muitos componentes independentes, cada um executando uma única tarefa, como cobranças ou envios. Em vez de acoplagens rígidas, microsserviços são mais espaçados e interagem uns com os outros via APIs.

Imagem com a diferença entre a arquitetura monolítica e de microsserviços

Diferença entre a arquitetura monolítica e a de microsserviços
 

Confira o artigo Aplicações monolíticas vs. microsserviços caso queira se aprofundar no tema.

Qual é a diferença entre aplicações monolíticas e composable applications?

Composable applications diferem de aplicações monolíticas porque estas são construídas e implementadas como unidades únicas, com pouca delimitação entre seus componentes e processos fortemente acoplados.

Ou seja, se acontecer qualquer problema com uma aplicação monolítica, todo o processo é afetado. Já com uma aplicação composable, isso não acontece.

Imagem com a diferença entre aplicações monolíticas e composable applications

Diferença entre aplicações monolíticas e composable applications 
 

Tudo isso leva ao tema de PBCs (Packaged Business Capabilities) e building blocks, numa explicação mais aprofundada sobre composable applications. Caso queira saber mais, confira o artigo Composable applications: o que são e por que você precisa delas.

Nesse sentido, em vez de uma aplicação monolítica, tanto microsserviços quanto ​​composable applications a dividem em partes menores.

A diferença entre microsserviços e composable applications

Agora que entendemos melhor microsserviços ​​e composable applications, outro questionamento pode surgir: existe diferença entre eles? De um ponto de vista conceitual, sim.

Microsserviços são uma abordagem arquitetônica para a construção de sistemas de software como uma coleção de pequenos serviços independentes que se comunicam entre si por meio de APIs.

Cada microsserviço é projetado para executar uma função de negócios específica e pode ser desenvolvido, implementado e dimensionado independentemente de outros serviços. Assim, microsserviços costumam ser usados ​​para criar aplicações grandes e complexas, compostas de muitas partes menores e interconectadas.

Por sua vez, composable applications são sistemas de software construídos usando uma coleção de componentes fracamente acoplados que podem ser montados e remontados para criar diferentes aplicações. Esses componentes podem ser microsserviços, mas também podem ser outros tipos de componentes modulares, como funções, bibliotecas ou módulos.

De certa forma, os microsserviços ajudam a criar composable applications, mas não necessariamente isso tem que acontecer. Por exemplo, se você pensa em composable applications, pode imaginar: “Ok, vou construir uma aplicação, que tem dez tipos diferentes de serviços. Uma opção é escrever todos os serviços do zero, mas eu não quero fazer isso. Quero compô-la porque outra pessoa escreveu uma aplicação que serve como parte da minha. Então, basicamente junto todas essas partes como um bloco de Lego e crio uma aplicação que pode ser combinável”.

Portanto, a principal diferença parece ser uma questão conceitual, teórica, já que microsserviços são uma abordagem arquitetônica específica para a construção de sistemas de software, enquanto composable applications são um conceito mais amplo que abrange várias abordagens para a criação de sistemas de software modulares e escaláveis.

Resumindo: **microsserviços são um tipo de componente que pode ser usado em aplicações que podem ser combináveis, e uma composable application **pode ser criada usando microsserviços, além de poder incluir outros tipos de componentes.

Como microsserviços e ​​composable applications se encaixam na arquitetura MACH?

Falar de microsserviços e composable applications nos leva a pensar em outro tópico: a arquitetura MACH.

MACH é a abreviação de quatro tecnologias:

Microservices-based: baseado em microsserviços, é o oposto da arquitetura monolítica legada, onde todos os componentes são mesclados em uma única base de código.

API-first: permite que o software se comunique com outras soluções por meio de APIs.

Cloud-native SaaS: construído inicialmente em cloud, aproveita o potencial da computação em nuvem, incluindo armazenamento, escalabilidade ilimitada e atualizações automáticas.

Headless: baseado na separação da camada front-end da back-end, permite liberdade no design da interface do usuário e atualizações rápidas.

Nesse sentido, não podemos ignorar que, à medida que as empresas globais consideram cada vez mais a mudança do stack de tecnologia monolítica para um stack composable de última geração, que promove maior agilidade nos negócios, microsserviços e composable applications ​​desempenham um papel significativo na arquitetura MACH e no desenvolvimento de uma tecnologia mais moderna.

Como o MACH é um tema importante, vamos explorá-lo em outro post.

Por que edge computing é mais adequado para MACH?

Edge computing está se tornando uma parte essencial do acrônimo MACH, pois muitos negócios têm reconhecido seus benefícios em relação à cloud.

Com edge computing, as empresas podem aumentar a segurança e a escalabilidade e reduzir a latência, alguns dos motivos que tornam essa tecnologia a melhor escolha para criar aplicações.

O edge – como o da Azion – oferece a capacidade de processar dados rapidamente, pois aproveita o armazenamento local, menor latência e maior privacidade em relação à cloud. Isso significa que as aplicações podem ser desenvolvidas rapidamente sem atrasos e custos associados a uma solução baseada em nuvem.

Edge elimina a necessidade de integração cara e complexa com cloud, permitindo implementação mais rápida e custos menores com manutenção. Além disso, fornece uma maneira segura de armazenar dados confidenciais, pois eles permanecem na rede local e não na nuvem.

Também combina unidades de pequena escala de recursos de computação de várias fontes, permitindo a rápida criação de novos serviços e configurações enquanto acomodam a demanda de usuários em grande escala.

Ao entender os benefícios que o edge oferece, as empresas podem aproveitar essa tecnologia para levar sua arquitetura MACH para o próximo nível.

Conclusão

Tanto microsserviços quanto composable applications ​​são building blocks necessários para edge computing impulsionar novos modelos de negócios. Mais do que isso, eles basicamente fazem parte do mesmo universo de composição de aplicações de maneira rápida e fácil em sistemas de software modulares e escaláveis, além de minimizar custos e otimizar a eficiência quando se trata de business agility e resiliência.

Resumindo, a flexibilidade, o time-to-value e o time-to-market que microsserviços e composable applications oferecem são indispensáveis para a transformação digital.

Quanto à diferença entre microsserviços e composable applications, o que você acha? Existe distinção entre essas tecnologias?

Conta pra gente na seção de comentários abaixo.

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