O que é observabilidade?

Você sabe o que é observabilidade? Veja aqui do que se trata essa prática e como ela é essencial para lidar com sistemas distribuídos. Fique por dentro!

Vivian Seixas - Technical Researcher
O que é observabilidade?

A observabilidade (ou observability, no inglês) é uma prática fundamental e extremamente poderosa para lidar com sistemas distribuídos e cada vez mais dinâmicos e complexos. Isso porque ela é capaz de fornecer uma visualização holística de um sistema e permitir que sejam identificados comportamentos atípicos, quando, por que e como eles aconteceram, além de possibilitar a prevenção de incidentes.

Observabilidade: uma velha conhecida

Observabilidade, uma palavra que tem ganhado evidência recentemente em conteúdos e conversas sobre tecnologia, pode parecer algo recente em nosso vocabulário, mas, ao contrário do que muitos pensam, ela faz parte do mundo da engenharia há um bom tempo. Com o advento dos computadores e da TI, os sistemas passaram a fazer parte desse mundo da tecnologia também, e com a popularização de serviços e aplicações baseados em nuvem, a observabilidade é uma prática essencial quando se trata de estratégias de controle da integridade de sistemas no desenvolvimento de softwares.

É melhor prevenir do que remediar

E por que precisamos tanto da observabilidade? É simples: porque todo e qualquer sistema está fadado a sofrer falhas. Então, quando se trata de sistemas distribuídos e dos seus desafios, vale adotar aquele velho ditado “é melhor prevenir do que remediar”. É aí que a observabilidade entra, pois com ela os desenvolvedores conseguem, da maneira mais rápida, minimizar e até evitar os impactos que uma hora ou outra surgirão.

Então, se você nunca ouviu falar de observabilidade, ou já ouviu falar mas não sabe muito bem do que se trata, nós te explicamos.

O que é observabilidade?

Vamos começar com um pouco da história do conceito de observabilidade. Ele apareceu na literatura na década de 60 e foi introduzido por Rudolf E. Kálmán como parte das práticas que fazem parte do controle de sistemas dinâmicos lineares, descrito por ele em sua Teoria de Controle¹. A ideia central dessa teoria pautava-se no desenvolvimento de um modelo para controlar sistemas dinâmicos em processos da indústria e garantir a sua estabilidade.

Apesar de a execução da observabilidade ter sido inicialmente pensada para a engenharia das máquinas na indústria, com a evolução da tecnologia desses equipamentos e a criação de outros, a aplicação dessa prática se estendeu para outros inúmeros processos e áreas que trabalham com sistemas de feedback – no caso da TI, mais especificamente no contexto da criação de softwares e de aplicações com arquiteturas de microsserviços distribuídos.

A prática da observabilidade ganhou, então, um papel de destaque, principalmente quando se trata do contexto de DevOps. Nas palavras de Cindy Sridharan, em sua obra Distributed Systems Observability, “à medida que os sistemas se tornam mais distribuídos, os métodos para construí-los e operá-los estão evoluindo rapidamente – e isso torna a visibilidade de seus serviços e infraestrutura mais importante do que nunca”.

De uma perspectiva teórica, o conceito de observabilidade é definido por Kálmán como “uma medida de quão bem os estados internos de um sistema podem ser inferidos a partir do conhecimento de suas saídas externas”². Para simplificar, quando trazemos esse conceito para o contexto da TI, podemos dizer que a observabilidade permite praticamente uma visão 360ᵒ dos eventos e da performance que ocorrem em um sistema ou em um ambiente em que está sendo executada. Além disso, mais do que identificar problemas em tempo real, a observabilidade entrega dados que permitem a observância completa do fluxo da aplicação, o que permite, também, a prevenção de falhas no futuro. O objetivo geral da observabilidade é, portanto, entender o comportamento e os estados das aplicações por meio da observação das suas saídas, dos dados da aplicação.

Para complementar, podemos dizer também que a observabilidade é um dos aspectos que compõem o controle de sistemas e, hoje, é a base do conjunto de práticas de SRE (Site Reliability Engineering), que tem como propósito agregar confiabilidade a um sistema distribuído.

Os pilares da observabilidade

O processo de observabilidade se baseia na utilização de dados de telemetria, também chamados de pilares da observabilidade, para reunir as informações sobre o sistema. Esses pilares são essenciais e devem ser trabalhados de forma integrada para se obter uma abordagem bem-sucedida, que vai proporcionar não somente entendimento sobre quais incidentes e quando ocorrem, mas também sobre a sua origem, os seus gatilhos.

Imagem com os pilares da observabilidade

  1. Logs de eventos - um recurso precioso, pois atua como se fosse um diário do sistema, que registra em formato de texto eventos específicos e fornece um carimbo com detalhes sobre o evento que ocorreu. Essa funcionalidade é normalmente a primeira a ser verificada quando algum incidente acontece e pode ser obtida em três formatos: texto puro, binário e estruturado.
  2. Métricas - são representações numéricas dos dados, valores quantitativos sobre o desempenho do sistema, que são utilizados para analisar o comportamento de um evento ou de um componente em intervalos de tempo. As métricas são, então, um agrupamento dos registros de log e permitem uma retenção de dados mais longa. Além disso, elas fornecem informações como nome, data, hora e KPIs.
  3. Rastreamento - rastreia e exibe todo o trajeto end-to-end de uma requisição ao longo de toda a arquitetura distribuída, além de mostrar como os serviços se conectam, inclusive apresentando detalhes em nível de código.

Benefícios da observabilidade

São inúmeros os benefícios que a prática da observabilidade agrega aos sistemas distribuídos e às empresas que a adotam, mas, para resumir, o principais são:

Imagem com os benefícios da observabilidade

  • Melhor visibilidade e monitoramento mais seguro

Rastreie ameaças potenciais e transmita dados para seu SIEM em tempo real, enquanto respostas automatizadas a incidentes são criadas com nossas APIs. Ainda, evite que os problemas ocorram, identificando-os antecipadamente e, se algo ocorrer, você possui os dados para encontrar rapidamente a causa raiz. Descubra e ataque “knowns unknowns” e “unknowns unknowns” – ou seja, você vai ficar sabendo sobre os eventos esperados e aqueles que você não sabe que existem.

  • Melhores business insights

Tenha business insights inteligentes e previsões, e saiba quem é o cliente e o que ele está fazendo.

  • Workflow e DevOps mais rápidos

Com todas essas ferramentas, o workflow é otimizado, assim como o trabalho do time de DevOps.

  • Melhor experiência do usuário

Tenha a melhor análise do seu cliente e da sua interação para otimizar da melhor forma a experiência deles.

Solução de Observabilidade da Azion

Você quer ter controle total sobre o seu sistema, mas não sabe por onde começar ou não tem tempo a perder conhecendo e testando várias ferramentas? Não se preocupe, a Azion tem a melhor solução: Edge Analytics, o nosso pacote completo de observabilidade, composto pelas poderosas ferramentas Data Stream, Edge Pulse, Real-Time Events e Real-Time Metrics.

Edge Analytics: visão 360ᵒ e integridade máxima

Nós reunimos, a seguir, as features que compõem o nosso pacote de observabilidade Edge Analytics e o que elas oferecem para você:

Data Stream

  • Construa produtos melhores e mais vantajosos para o negócio, com dados relevantes e em tempo real.
  • Utilize encriptação de ponta a ponta para atender requisitos de auditoria e conformidade.
  • Empodere as equipes de DevOps e de negócio, com insights em tempo real sobre as aplicações utilizadas na Plataforma Azion.
  • Utilize mecanismos de entrega com conectores que suportam Post HTTP/HTTPS e ferramentas como Kafka, S3 (Simple Storage Service), entre outras.

Edge Pulse

  • Obtenha dados de monitoramento de usuários reais (RUM) ao acessar suas aplicações.
  • Monitore como os recursos invocados por sua aplicação impactam a experiência do usuário.
  • Teste a performance e disponibilidade da rede e ajude a aprimorar a entrega de seu conteúdo para os usuários.

Real-Time Events

  • Faça troubleshooting de suas aplicações por meio de uma interface amigável e intuitiva.
  • Consulte dados de diversas fontes e monitore o comportamento de suas aplicações.
  • Salve consultas complexas e explore os dados das suas aplicações.
  • Consulte os eventos das suas aplicações em tempo real e acompanhe o histórico de até 3 dias.

Real-Time Metrics

  • Tenha insights em tempo real sobre o que está acontecendo com o seu conteúdo e suas aplicações.
  • Visualize diversas métricas para ajudá-lo a otimizar suas aplicações e infraestrutura.
  • Integre o nosso Metrics com as suas ferramentas favoritas e responda a eventos em tempo real.
  • Chegue a decisões críticas rapidamente baseadas em dados coletados em tempo real.
  • Forneça à sua equipe DevOps a transparência de que eles necessitam para resolver problemas.

Então, se você quer ter a visão completa do seu sistema e garantir sua total integridade, entre em contato com nosso time de vendas aqui.

Referência

¹ ⁻ ² Kalman R. E., “On the General Theory of Control Systems”, Proceedings of the First International Congress on Automatic Control, Butterworth, London, 1960.


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