Por que modernizar as suas aplicações legadas

Conheça cinco motivos pelos quais modernizar aplicações web é uma necessidade que não pode esperar e como soluções de edge computing facilitam essa transição.

Azion Technologies -
Por que modernizar as suas aplicações legadas

Os desenvolvedores, que estão no centro do ambiente tecnológico, compreendem que abraçar a modernização de aplicações é uma necessidade imperativa. Em um cenário no qual as dinâmicas de trabalho demandam produtividade, eficiência, automação e cibersegurança, a modernização de aplicações não apenas se traduz em economia de tempo e recursos, mas também em integridade de dados e reputação sólida.

Este contexto representa um desafio para os profissionais de TI e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de potencializar a excelência operacional para as organizações. Por isso, neste artigo, exploraremos cinco motivos pelos quais modernizar aplicações web é uma tarefa que não pode mais esperar e como soluções de edge computing facilitam essa transição.

1. Simplificação do trabalho do desenvolvedor

De acordo com a Deloitte, recrutar talentos tecnológicos é uma prioridade estratégica que pode afetar a capacidade das empresas. Atualmente, 41% dos trabalhadores de TI citam a falta de progresso e aprendizado como motivos para deixar seus empregos.

Nesse sentido, para atrair e reter desenvolvedores de alto nível, as empresas têm de fornecer ambientes que suportam arquiteturas modernas, pois talentos altamente qualificados evitam trabalhar em empresas desatualizadas.

Hoje em dia, existem inúmeros recursos e funcionalidades que fazem parte da modernização das aplicações e ajudam desenvolvedores a simplificar suas tarefas, as quais toda empresa deveria considerar, como:

  • JavaScript: é uma linguagem que permite criar aplicações modernas que processam dados localmente e em tempo real, quando é utilizada numa plataforma de edge computing.

  • WebAssembly: é capaz de transformar o código de aplicações legadas e executá-lo em tecnologias como edge computing.

  • Terraform: define e provisiona automaticamente recursos adicionais, como instâncias de servidores e capacidades de banco de dados em resposta a aumentos de tráfego.

  • Edge Functions: permite criar uma função serverless que é acionada sempre que um novo pedido é feito, por exemplo, durante eventos de vendas online, processando automaticamente o pagamento, atualizando o inventário e enviando confirmações de pedidos.

2. Simplificação do trabalho do desenvolvedor

Aplicações modernas são baseadas em abordagens centradas na experiência do usuário a fim de facilitar a interação do usuário final com o software. O uso de arquiteturas modernas, como microsserviços e Jamstack, conforme explicamos abaixo, permitem melhorar a experiência do usuário.

Microsserviços

Microsserviços contribuem para melhorar a escalabilidade ao permitir que serviços sejam escalados conforme a demanda. A arquitetura também agrega resiliência e estabilidade às aplicações, promovendo maior tolerância a falhas, uma vez que o efeito de uma falha ocorre de forma isolada, somente em uma parte da aplicação, sem impactar seus outros elementos — diferentemente do que acontece em arquiteturas monolíticas, nas quais uma falha pode comprometer o sistema como um todo.

Jamstack

A arquitetura Jamstack viabiliza a construção de aplicações com maior capacidade de lidar com grandes volumes de dados. Mais eficiente e segura em comparação a arquiteturas tradicionais, o Jamstack entrega níveis de latência mais baixos e, consequentemente, aplicações mais performáticas.

O Jamstack também permite interações dinâmicas por meio de APIs e pré-renderização de páginas e conteúdo, o que reduz significativamente os tempos de carregamento, garantindo uma experiência de usuário mais fluida.

3. Segurança em uma era de ciberameaças

De acordo com um relatório da IBM[1], o custo médio global de uma violação de dados em 2023 foi de USD 4,45 milhões, um aumento de 15% ao longo de três anos. Diante desses números, manter uma aplicação sem recursos e funcionalidades de segurança desenvolvidos para lidar com os desafios da cibersegurança moderna significa assumir um risco desnecessário, o qual pode ser evitado com a adoção de abordagens de segurança apropriadas, como Secure by Design e Zero Trust Security.

Secure by Design

A modernização de aplicações é importante nesse sentido porque soluções de segurança de última geração são projetadas para prevenir riscos e ameaças cibernéticas emergentes e em constante evolução, incluindo ataques zero-day.

É justamente nesse quesito que aplicações construídas em um contexto de cibersegurança diferente costumam faltar. Se este é o seu caso, adotar o conceito Secure by Design é um bom começo para trazer a proteção de suas aplicações para a nova realidade e reduzir:

  • vulnerabilidades: equipes de desenvolvimento identificam e mitigam proativamente potenciais vulnerabilidades durante a implantação, o que resulta em um número significativamente menor de brechas de segurança;

  • custo efetivo a longo prazo: integrar a segurança desde o início do desenvolvimento da aplicação evita custos em longo prazo, normalmente associados à correção de falhas de segurança após o lançamento.

Resumindo, pensar em Secure by Design é desenvolver software seguro desde a concepção, de modo que cada deploy ocorra mediante cumprimento dos requisitos e adoção das melhores práticas de segurança estabelecidos pela organização.

Zero Trust Security

Outra abordagem de segurança altamente relevante para modernização de aplicações é o modelo Zero Trust Security, que substitui a abordagem tradicional de segurança que, por padrão, confia  consiste em usuários e sistemas internos.

Uma arquitetura de segurança Zero Trust tem como lógica não confiar, a menos que o usuário preencha os requisitos de autenticação e autorização que a própria organização estabelece. Nas organizações que já têm um modelo Zero Trust consolidado, essa maneira de enxergar o controle de acesso a dados e aplicações é uma filosofia de segurança.

Como a confiança cede lugar à verificação, cada requisição e transação é submetida a rigorosas inspeções, independentemente de sua origem, levando a confiança a ser conquistada no decorrer da interação. Além de fortalecer a postura de segurança, isso também possibilita a modernização contínua, isto é, integrar novas funcionalidades e serviços sem colocar em risco a integridade do sistema.

4.  Adaptabilidade à proliferação de dispositivos

Um dos benefícios-chave de modernizar aplicações legadas é a capacidade de adaptar-se ao rápido aumento de dispositivos e atender às exigências geradas por essa demanda. Por exemplo, com a proliferação dos dispositivos inteligentes, os usuários esperam que as aplicações funcionem sem fricção em várias plataformas.

Arquiteturas como serverless e headless podem proporcionar a flexibilidade, escalabilidade e eficiência necessárias para isso.

No caso da arquitetura serverless, ao eliminar a necessidade de gerenciar a infraestrutura de TI, as aplicações podem escalar de forma transparente, com base na demanda, otimizando assim a utilização de recursos. 

A arquitetura headless, por outro lado, permite um desenvolvimento de software livre das restrições e complexidades de um sistema fortemente integrado ao separar as camadas de front-end e backend.

Juntas, essas abordagens aprimoram a agilidade, simplificam os processos de desenvolvimento e de responsividade para os modelos de dispositivos, e preparam as aplicações para os desafios das paisagens tecnológicas em evolução. Os benefícios incluem:

Serverless

  • Escalabilidade: possibilita escalonamento automático, lidando com cargas de trabalho variáveis sem esforço.
  • Eficiência de Recursos: garante utilização eficiente de recursos, executando código apenas quando necessário.

Headless

  • Inovação no Frontend: proporciona autonomia e flexibilidade para desenvolvedores front-end.
  • Manutenção Simplificada: o desacoplamento de componentes simplifica atualizações e tarefas de manutenção, reduzindo o tempo de inatividade.
  • Adaptabilidade a Novas Tecnologias: integração facilitada com novas tecnologias, assegurando que a organização utilize sempre o que há de mais moderno.

5. Integração com tecnologias emergentes

A atualização de aplicações traz às organizações a oportunidade de aproveitar tecnologias inovadoras e centradas no usuário final. Por outro lado, aplicações legadas podem não ser compatíveis com tecnologias mais recentes, como inteligência artificial, aprendizado de máquina ou realidade aumentada.

Por exemplo, o ChatGPT pode ser usado em quase todas as tarefas que envolvem o entendimento ou geração da linguagem natural ou código. No ambiente de desenvolvimento, é uma ferramenta usada para aumentar a produtividade, ajudando-os a gerar código ou refatorar um código preexistente, entre outras tarefas.

Organizações podem incorporar essa e outras tecnologias disruptivas ao investirem na modernização de suas aplicações, possibilitando a implementação de funções e recursos avançados capazes de transformar completamente a experiência do usuário.

Conclusão

A transformação é inevitável, e a modernização de aplicações se apresenta como uma necessidade quase urgente. As organizações dispostas a abraçar essa mudança melhorarão a satisfação do usuário e também desbloquearão um potencial ilimitado para a inovação contínua.

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Referência

[1] Cost of a Data Breach Report 2023 | IBM

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